Os Filhos de Húrin é, sem dúvidas, uma das mais incríveis criações de Tolkien. E a narrativa possui todos os elementos vistos em outras obras Tolkienianas, com a vastidão de detalhes, cuidadosamente construídos.
A história ocorre, cronologicamente, muito antes dos acontecimentos narrados em O Hobbit e O Senhor dos Anéis. Vale lembrar: essas histórias ocorrem na fictícia Terra Média, um local mitológico criado de uma forma incrivelmente detalhada por Tolkien, aonde convivem diversas raças, como humanos, elfos, anões, orcs, trolls, ents (...)
Os Filhos de Hurin conta sobre o drama vivido por Turin e Nienor, que noomeiam o livro, ou seja, são os filhos de Húrin. Húrin, um poderoso guerreiro humano, cai diante de Morgoth, durante uma batalha que uniu elfos, humanos e anões. Hurin, de forma não muito inteligente, desafia Morgoth (O Inimigo, O Senhor do Escuro, conhecido por não ser particularmente agradável), e acaba amaldiçoado. Seu suplício seria, acorrentado a um alto pico, assistir a desgraça cair sobre sua família, que sofreria sem que ele pudesse fazer nada.
E assim a história se desenrola, tendo como foco Turin, que cresce na Terra Média sob a sombra do Senhor do Escuro, e conta sobre seu sofrimento, de uma forma geralmente melancólica. Turin cresce com os elfos, e é dono de uma personalidade meio sombria. Se torna um grande guerreiro, o que seria ótimo, se ele não tivesse sido previamente amaldiçoado.
A forma melancólica, com uma atmosfera opressiva é uma característica dos livros de Tolkien, mas nem por isso é uma leitura difícil, sendo os Filhos de Húrin uma leitura agradável.
É interessante, mas não imprescindível, um conhecimento prévio de alguns elementos presentes principalmente no Silmarilion. Mas particularmente, eu li o Silmarilion depois dos Filhos de Húrin, e, quando ficava com alguma dúvida em algumas referências, pesquisava até mesmo no apêndice do próprio livro.
A edição encontrada no Brasil atualmente tem uma ótima diagramação, e ainda algumas ilustrações muito legais de autoria de Alan Lee. E, como é comum nos livros de Tolkien, no final há um glossário, alguns mapas e um apêndice bem completo.
Talvez eu seja suspeita, porque considero Tolkien um gênio da literatura, e o maior gênio da literatura ficcional. Dei cinco estrelas no Skoob, depois de ter lido duas vezes esse livro, que é indispensável para qualquer fã de contos épicos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário